Muita coisa mudou em nossas vidas desde que a pandemia da Covid-19 chegou por aqui. Em muitos aspectos é difícil imaginar que o mundo será novamente o mesmo. E a nossa forma de relação com a mídia talvez nunca mais seja a mesma. O crescimento vertiginoso do mercado de influenciadores digitais no período de isolamento digital é um termômetro dessa mudança que já vinha em curso.
Desde que a pandemia mudou o cenário das nossas relações sociais, da nossa circulação e colocou a crise da saúde no centro da preocupação mundial, a nossa forma de consumir informação, entretenimento e conteúdo em geral se transformou radicalmente. Os serviços de streaming e o novo formato das lives deram um boom nesse período. E, incrivelmente, é no Brasil que estão 4 dos 5 maiores recordes de audiências em lives do YouTube, em todo o mundo. Ranking por aqui dominado pelo mundo sertanejo, que superam os 3 milhões de espectadores.
No ramo dos influenciadores digitais, empresas de marketing de influência, como Squid, SamyRoad e Tubelab, relatam um crescimento em torno de 24% de engajamento de criadores de conteúdo digital, 27% no alcance dos Stories do Instagram e ainda um aumento de 60% na procura de anunciantes por ações junto a influenciadores digitais. De modo geral, o mercado espera um crescimento de aproximadamente 20% entre empresas anunciantes e influenciadores digitais até o fim do isolamento social.
E o mercado para influenciadores não se abriu apenas para os já consolidados no ramo. Os micro-influenciadores foram os que mais cresceram no período da pandemia. Entre os pequenos, existem canais que cresceram mais de 400% no número de inscritos de março para abril, período em que se iniciou o isolamento social. O crescimento se deve, segundo especialistas em marketing de influência, ao fato de que nesse período as pessoas têm buscado influenciadores com os quais possam conseguir algum tipo de contato, já que a tônica do isolamento é a falta de contato social.
De modo geral, as grandes redes sociais cresceram 27%, 16% e 15,1%, Facebook, Netflix e YouTube, respectivamente, em seus websites, segundo The New York Times.
É evidente que toda essa intensa modificação revolucionará permanentemente a nossa relação com a informação, o entretenimento e até mesmo no modo de contato social. O que altera permanentemente diversos mercados. Estamos todos ansiosos para o retorno da normalidade, mas muitos hábitos novos vieram pra ficar.
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